"A câmara ama-te!"

– O Pedro é um rapazinho querido... Ele toca corneta...
– (...)
– ... e estuda engenharia mecânica...
– Ok.
– ... mora com os pais em Sacavém...
– Certo. Toca corneta.
– ... e tem uma irmã que se chama Ana Carina.
– Não! Ana Carina, não! E toca corneta!

Nessa mesma noite, uma franco-lusitana tropeçou no seu próprio discurso durante uma representação. Em suma, ficou com o rosto escarlate, não por ser a cor da luz que quedava sobre o seu corpo franzino, mas porque dela se apossou uma sensação de aperto fora do controle humano. Sentiu-se embaraçada, pronto!

takk

Sigur Rós

A conta que deus fez

[Princesa] Laika acaba de iniciar a sessão". Foram instantes de profusa alegria, comparáveis à primeira luz da alvorada.

sem "colestrol"

Por usar botas de cano cor-de-rosa, a Manuela está pronta para tirar leite às vacas. E ele acha isso normal nela. Do alto da janela, viu o rapaz perder-se para a multidão de sábado que enchia a rua.

pum! PUM!

abrir o escape, bufa, bufo, descuido, pu, pum, pão, peido, pufute, puim, traque, trisquita, trovão de barriga, tuum, vento, bufar, estar de escapamento aberto, peidar, puxar uma farpa, puxar uma lasca, puxar uma ova, soltar-se, soltar um pum, queimar o cartucho, Viva São Pedro e São João, despresurizar-se, perder pressão, vazar, vazamento, assobiar com a rosca, tentar voar, falar por trás, arrotar, arroto, dar um tiro, metralhar, cagar vapor, evaporar, sublimação, festejar, soltar fogos, rojão, falar da sogra, pensar, falar com a bunda, bater palmas, descontrole emocional.

Monga no deboche

Antes de ser esfaqueada, fazia coisas próprias dos seres vivos. Respirava, andava, salivava defronte do seu prato favorito... Estava viva, portanto. Depois ficou tudo escuro. A seguir morreu.

Último acto ("mas não digas a ninguém")

Natália de Andrade... Esta ninfa sorridente passeia-se pelas fantasias de uma felizarda sócia de um ginásio com aula Localizada ao domingo. Uma dedicatória final à bem amada diva, que ela própria encerra neste glorioso mp3 em francês. Bravo!

O rouxinol e a diva

Diva tem uma baliza por sorriso

Não é a mulher-a-dias a insinuar-se ao fotógrafo, nem a nova colecção da Lidija Kolovrat. Em pose trés élegante..., Natália de Andrade!
Intérprete de clássicos sem tempo, como "O nosso amor é verde" e "A noite", a cantora lírica procurou sucesso na década de 80 mas não arrecadou elogios na mátria. Já em Barcelona seria aplaudida pela arte da voz que daria a conhecer aos catalães "belas canções da sua terra". E se dúvidas subsistem quanto à qualidade excepcional desta Maria Callas lusitana, O Rouxinol (mp3) dissipa-as. De novo a sua música pinta um quadro de graciosos prazeres bucólicos, com esta uma das preferidas do autor do post (o mesmo que terá uma bela curvatura na região do nariz, dizem).