utilis, accomodus

Um lugar de bacia e urinol justapostos, apenas a sanita faltava a escassa medida. E que prático! – "Que prático", pensou na disposição das peças enquanto a urina soltava vapor e um violento fedor a enxofre, no vale onde os homens recebem roupa interior, calças de flanela, eventualmente um casaco pelo Natal.

Colossais dejectos humanos

PUM! Mas haveria berlindes, quiçá escudos em moedas, no meio da merda que tresandava infesta, ou nos intestinos de quem por deus nosso senhor teve buraco para aquela borra toda?

Post "não-sei-quê, estúpido", não me recordo

– "I have you now!"

Oui!!

Wiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

Em Novembro

Que apertado, que mal se sentia. Nem dava gosto assim vestir! Aquela bexiga sustinha horrores.
No topo da glande o xixi borbulhava para sair de arremesso. Mas ele quis adiar o chamamento da natureza, e assim o fez, até esta parvoeira obstinada romper numa agonia que ele nunca sentira e dar a conhecer limites à elasticidade da bexiga.
Ai, era já! Só teve tempo para desapertar as calças e agarrar no pénis feito, não dormente nem totalmente grosso, mas a contorcer como um verme exposto à superfície – parecia que o orgão tinha vontade própria! E foi um segundo mais forte que o controle da mente, o bastante para molhar de xixi a cintura das calças. Ai que apertado...!

Lord Pimple

– Pimple, I am your father.
– No. No. That's not true! That's impossible!
– Search your feelings. You know it to be true.
– No! No! No!
– Stop! Stop this nonsense at once, or i'll be dark-forced to use Avène. Fear it not? That's it, no candies for Christmas!

pimpláxia

"Sir, the possibility of successfully navigating an asteroid field is approximately 3720 to 1!"

oh well

Um mamilo pós-mastectomia subcutânea unilateral, parece assim de viés. Mas não! Terminaram os atentados ao pudor do rapaz que corria em tronco nu, para não chocar cidadãos católicos apostólicos romanos sem pensamentos indecorosos no espírito. O caso não é de tetas erectas, mas a imagem de um velho nosso conhecido – Lord Pimple, rise! A pele seca já reclamava um laivo assim rosado.

Cátia, a barata

Com o tampo levantado e sem registo de uso prévio, a sanita pronta a ser usada. Mas não! Devia evitá-la e passar à do lado. Nem que fosse para mijar. Ao menos estaria a seguro da criatura que habitava as paredes do outro cubículo – um corpo inerte, encerado, a que um majestoso par de antenas vacilantes dava como vivo. "Cátia", baptizou o bicho sem primeiro lhe reconhecer o sexo.

reincarnation of the true goddess

E fez-se borbulha, sobre pele acostumada a tê-la, da punheta exercida com devoção e devaneio. Circustâncias na vida do rapaz que já regressou de viagem com um sempre útil desentupidor de sanitas nos braços, ganho a atirar um bovino, como quem atira o disco, até uma distância de 105,35 metros!

Onde estão os teus pais?

Nuno Câmara Pereira promove exame rectal! Quem te dera dois dedos desta vez!
Certo é que o leitor nunca pensou em coisa parecida. E com essa visão endemoninhada no pensamento, pode voltar à rotina e fazer sopa de agrião, que o tempo convida a isso, ou se preferir acabar uma relação amorosa só depois da época de exames como fazem as pessoas normais.

A importância de ser Teletubby

Um espanhol que cante Teletubbies a horas indecentes, a fumar demoradamente um cigarro à varanda, numa madrugada de Verão, um espanhol assim só pode ser bom...; como Jukinha, um patriota impelido a apresentar Marli a este cantinho virtual escatológico, a fim de momentos que a custo se esquecem – a menos que um vaso se parta na cabeça e se percam para sempre os resquícios da voz da preta.

Status quo

Existe um pequeno vaso com um bocado de terra. Aqueles grãos desgarrados, parecidos a areia, jamais se misturarão com outras porções de solo usado para cultivo de flores, funcho, tubérculos, e por aí adiante, a menos que haja um terramoto que atire o vaso contra o chão; o percurso do bocado de terra terminaria no campo, onde seria remoído por vermes, ensopado pelas enxurradas, arrebatado pelo canto inebriante do rouxinol – uma longa história feita de ocorrências muitíssimo improváveis que não serão discutidas neste post.
Refira-se, porém, que o quarto-de-banho onde está situado o vaso tem vista para a Sé. Ora, o pormenor da paisagem confere na expressão da pessoa que mais vezes o frequenta um sorriso malicioso, porque sendo convicta ateísta, recorre à sanita para aliviar as tripas na direcção da casa do Senhor.

Conhecidos

Ele: "Hoje um pássaro cagou na minha cabeça".

Ela: "Bem, foi estranho porque ele estava a beijar-me, mas eu não".

Puta Vida, Merda Cagalhões

Puta Vida, Merda Cagalhões (versão slow)

Nel, porque sim; porque se preocupa com os pedientes; porque nem para uma sopa o Euromilhões lhe serve; porque não tem penico para cagar à vontade no quarto.
Acabou-se o fandango! É chegada o momento de escutar Puta Vida, Merda Cagalhões (mp3) na sua versão romântica e de balançar a cabeça. Ora para a direita. Agora para a esquerda. Direita. Esquerda. Abrindo e fechando a boquinha de forma sensual. (Oh… Hum… Oh… Hum…).

Perigo! Pimba is in the heart!

Dono de inspirados rasgos criativos, Nel Monteiro revela-se num álbum que de certeza vai pôr muita gente em coma.
"Puta, Vida, Merda, Cagalhões" merece adoração – nem que seja pelo nome dos temas que tornam fascinante esta edição especial –: "Mama na Vaca" e "Alo, Alo, Maria Antónia" são o sonho de homens que se alimentam de atum ao lanche, desse tipo de homem, mas é a canção que nomeia o CD que merece todos os panegíricos.

Puta, Vida, Merda, Cagalhões (mp3) serve de protesto! Contra as desigualdades sociais, os rios de dinheiro esbanjados pelo Governo, a sorte madrasta do cantor no Euromilhões e outros problemas que Nel, agraciado em voz por nosso senhor Jesus Cristo, grita nos minutos mais paranormais da música nacional. Rendam-se aos encantos vocais (e não só!) do homem com um peito florestado de tal maneira que corre o risco de se incendiar este Verão (e de incediar corações desprevenidos por esse Portugal fora).

Pára tudo!

Cinco minutos faltavam. Mas a comida que restava obrigava a três vezes mais esse desconto, para ser mastigada como deve ser. No entretanto, se só considerasse terminar a refeição, o tempo passaria por ele a voar. Por isso contou os segundos – um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze... Pareceu-lhe uma eternidade! Quando o tempo terminou, próximo dali, um bando de moscas dançando sobre cocó que um senhor ou senhora, o companheiro do canino, autor de tão abastado esterco, fora incapaz de deitar no lixo.

Ode ao Faria

'Conheces a bela?', ele perguntou. 'Quem?', inquiriu o outro. 'A bela pichota!' Dó ré mi fá sol lá si dó Ré mi fá sol lá si dó ré Mi fá sol lá si dó ré mi Fá sol lá si dó ré mi fá Sol lá si dó ré mi fá sol Lá si dó ré mi fá sol lá Si dó ré mi fá sol lá si Dó

o nosso pum é verde

Tinha uma certa consistência gelatinosa, mas mais pastoso do que antes de digerido. Tinha um tom esverdeado não muito escuro. Parecia esparregado, e eram, para todos os efeitos, espinafres reduzidos a puré. Pum de esparregado na sanita!!!

Branco tingido de verde. 'Que estranho', pensou ele. Nunca tal lhe sucedera, pelo menos não guardara qualquer lembrança disso. Mas ali estava a prova. E o papel não engana – pum de esparregado no papel higiénico!

sobre videojogos

"Esferas, pelotas, globos, berlindes... bolas, bolinhas e bolões – não, não estou louca o suficiente para estar a falar de nenhum biquíni pequenino às bolinhas amarelas, mas já estou a ficar vesga de tantas ver! Se não perceberam, esqueçam... a que estiver a comer ervilhas sou eu...!".

by Sofia

O protagonista da série The Legend of Zelda voltou a ser reconhecido, desta vez por uma revista dedicada à cultura homossexual que o aponta como a personagem mais "quente" do momento:
"When darkness enshrouds the land, Nintendo's sexy farm-boy-turned-wolf sets out to save the day in this upcoming game. His weapons: a sword, a bow, arrows, and kick-ass grooming skills"!
Crianças, não se deixem enganar...: Link de espada em punho!

Se numa noite de Inverno um LocoRoco

(LocoRoco, PSP. Trailer WMV)

sign in to Milan

Olá menina dica. Que nos contas hoje: Evitar aplicar sobre um soalho de madeira, muito menos o do quarto-de-cama, uma esfregona mais negra que carvão ensopada num líquido turvo que deixou de ser água há quatro dias.

Andvari

Ela arrasta-se pela casa enrolada num robe verde engrumado que traja desde Setembro passado. Desde então nunca pôs os pés na rua.
Abandonada, muitíssimo só, gostaria que o novo inquilino se mostrasse mais e partilhasse com ela ocorrências triviais do dia, ou pelo menos as refeições; gostaria de lhe pedir isso abertamente, mas limita-se a negar o estado repugnante do balde da limpeza, da esfregona e do frigorífico quando confrontada com essas verdades, olhando aterrada, como se diante da Morte, para uma toalha de plástico desbastada, com irritação e arrependimento inscritos nos profundos vincos da sua pele.
– Nunca ninguém me disse que a casa estava suja!, berrou.
Em tempos, uma senhora de classe média-alta que se passeava pelo Chiado, beberricava café na Brasileira e aproveitava o Estoril para esbracejar como uma actriz de Hollywood em traje de banho discreto.

undone

A casa-de-banho lembra um tenebroso filme de horror dos anos 30. A um canto, o extremo da banheira partilha a parede da bacia, da sanita e do bidé, e a parte mais comprida a parede adjacente, com uma janela demasiado alta. Seria mais uma área normal da casa, não fosse por alguns factores:

a) murganho, vindo não se sabe donde, que passou a comungar com os aflitos momentos fulcrais na higiene pessoal.

b) esquentador habilmente colocado por cima do banheiro...!

c) um atil que corta a banheira ao comprido e recebe peças de roupa, como um exemplar de cuecas enegrecidas na zona pachequita que parece ter sofrido violentas descargas de bufa. É isso. A senhoria, uma senhora do Estoril simpática e senil, peidou-se, e peidou-se, e peidou-se... PUM!

A doutrina do peido
pffff-pffff-PUM!-PUUUURRRRM!-piiiuuuffffffffffff

WE LOVE KATAMARI

(vídeo no YouTube)

Ó! Ó! E QUE TAL UM "DIA DO KATAMARI"!?

O poeta

Falou ao povo com eloquência, visionário e poeta, e nem o súbito incidente que o privou dos que lhe escutavam o canto de derrota o fez recolher ao seu escritório, já depois do alvoroço, enrolado num robe e com as pantufas calçadas, a petiscar um doce de buraco, frustrado com a ideia de que numa sala com quarenta pessoas ninguém o tivesse visto a discursar sobre esforços estóicos "contra ventos e marés".

Resposta a comentário

Os métodos "persuasivos" da professora marroquina serão congratulados a posteriori pelas gerações educadas por reforço negativo. Os alunos não só têm nas faltas disciplinares uma menos-valia que dá direito a uma conversa entre o director de turma e respectivos pais, como se sujeitam a ferimentos menos ou mais graves, consoante a altura do edíficio.

Deve, ou não, Mano Dani ser atirado da janela de uma escola na Amadora? Deve, ou não, comer cereais fibrosos ao pequeno-almoço e borrar-se à vontade antes de incidentes destes?

Say it isn't so, dear Topo Gigio

má educação

À luz do modelo ineficaz da Educação em Portugal, devíamos adoptar os métodos instrutivos de uma professora marroquina, que num acesso de impaciência atirou dois alunos da janela de um primeiro andar. Os miúdos, de nove e 10 anos, tiveram que ser hospitalizados e o mais novo ficou mesmo com severas feridas na cabeça e nos ombro. Ele não viu senão um chão doirado a aproximar-se a uma velocidade estonteante.

Serviu-lhes bem, na ideia de um representante do Governo que disse: "eles não a ouviram, eles deviam ter ouvido".

down to earth

Onde eu faria do espaço a minha casa, já existe um cabeleireiro. Podia ser um bar, uma tasca. Ou um estúdio de habitação, de requintada decoração, partilhada por dois franceses e o seu fiel Cocker-spaniel, sempre num tremor compulsivo antes de sair à rua.
Um cabeleireiro...

Frankly, my dear, I don't give a damn

post que era para ter sido abreviado

FRANJINHAS! FRANJINHAS! FRANJINHAS! FRANJINHAS! FRANJINHAS! FRANJINHAS! FRANJINHAS! FRANJINHAS!

Sustenham esses corações aperreados: Franjinhas e o Carrossel Mágico existe e está pronto a ser colhido das prateleiras. A adaptação ao cinema da série com mais de quarenta anos conta com as vozes de Jim Broadbent, Lee Evans, Ian McKellen, Kylie Minogue e Robbie Williams, entre as de outras pessoas que se levantaram da cama, vestiram-se, comeram qualquer coisa e foram para o estúdio onde as gravações decorriam.

Senta aqui, senta. Agora vira. Lambe. Isso, lambe Franjinhas, sim língua venturosa. Franjinhas e o Carrossel Mágico!

Charlotte Burström

PUM! (vídeo)

Por pouco não se extinguiu a música estrambólica que dava o programa por encerrado, quando Charlotte sussurrou para os botões da camisa já depois de se ter despedido e do insólito acontecer. Uma decisão acatada pelo responsável de som, atordoado, mas ciente daquele fenómeno que parecia irreal.

As Horas

Ele não pensava em mim. Disse que sim mas foi uma evidente verdade fabricada. Foram instantes nocturnos privados de chuva. Ele, uma criatura incógnita que deixaria para sempre de cumprir o esquema das refeições, sentir a doçura dos cristais da maçã na gengiva, de matutar sobre ensaios existenciais ou contemplar ladeiras no Sul. Antes, um rapaz. Hoje, um número registado "numa zona sob alçada da PSP, e que por isso não entra nas estatísticas da Operação de Ano Novo".

kitsch power!

We Love Katamari Damacy (vídeo)

E se o soberano do Universo usasse collants e tivesse uma cabeça gigante em forma de tubo?